Ideologias modernas e sociedade burguesa como as bases cognitivas das organizações atuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35355/revistafenix.v21iXXI.1369

Palavras-chave:

Pesquisa histórica, Ideologias Modernas, Organizações contemporâneas, Estudos Organizacionais

Resumo

Neste ensaio teórico propomos uma reflexão sobre ideologias modernas fundamentais para a constituição das bases cognitivas das organizações contemporâneas. Partindo do pressuposto de lacunas relacionadas às bases históricas destas e da influência ideológica para manipulação de indivíduos e grupos, abordamos elementos sociais, econômicos (e produtivos) e políticos do ideal clássico liberal, da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Esperamos, assim, contribuir para questionamento de formas de controle e poder, a partir de discursos e ideologias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Béhar, Instituto Federal de Pernambuco - IFPE

Doutorado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco. Docente do Instituto Federal de Pernambuco/ Campus Paulista. 

Marcos Feitosa, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Doutor em Educação pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, lotado no Departamento de Ciências Administrativas (DCA) e no Programa de Pós-Graduação em Administração (PROPAD).

Referências

ALCADIPANI, Rafael; CRUBELLATE, João Marcelo. Cultura organizacional: generalizações improváveis e conceituações imprecisas. RAE, vol. 43, nº 2, p.64-77, abr/maio/jun. 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902003000200005

BACIC, M. J. Gestão de custos: uma abordagem sob o enfoque do processo competitivo e da estratégia empresarial. Curitiba: Juruá Editora, 2011.

BÉHAR, Alexandre H. Meritocracia enquanto ferramenta da ideologia gerencialista na captura da subjetividade e individualização das relações de trabalho: uma reflexão crítica. Organizações & Sociedade, - v. 26, n. 89, p. 249-268, abr./jun. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-9260893

BÉHAR, Alexandre H.; FEITOSA, Marcos G.G. Competição enquanto representação ideológica no ambiente ferroviário estadunidense: uma historiografia entre 1859 e 1869. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 18, Edição Especial, p. 853-864, nov. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1679-395120190139

BRAUDEL, F. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII – volume 2. Os jogos das trocas. São Paulo: Martins Fontes, 1996a.

BRAUDEL, F. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII – volume 3. O tempo do mundo. São Paulo: Martins Fontes, 1996b.

CARPINTÉRO, José N. C. Novas técnicas e velhos princípios: competitividade empresarial e formas de gestão. Tese de Doutorado. Unicamp. 2000.

CHANDLER, Alfred. Strategy and Structure: chapters in the history of the industrial enterprise. Cambridge: The M.I.T. Press, 1963.

CHANDLER, Alfred. The visible hand: the managerial Revolution in american business. Cambridge, Massachusetts and London: The Belknap Press, 1999.

CLAUSEWITZ, Carl v. Da Guerra. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

COSTA, Alessandra de S. M.; BARROS, Denise F.; MARTINS, Paulo E. M.; Perspectiva histórica em Administração: novos objetos, novos problemas, novas abordagens. RAE, São Paulo, v.50, n 3, p.288-299, jul/set. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902010000300005

COSTA, Alessandra de S. M.; WANDERLEY, S. E. de P. V. Passado, presente e futuro de História (crítica) das organizações no Brasil. RAE, São Paulo, v. 61, n. 1, pp. 1-8, jan-fev. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/s0034-759020210107

DOBB, Maurice. A evolução do capitalismo. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

GASTALDI, J. P. Elementos de economia política. São Paulo: Saraiva, 2005.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções, 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014a.

HOBSBAWM, Eric J. A era dos impérios, 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014b.

HOBSBAWM, Eric J. A era do capital, 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014c.

HUNT, E. K. História do pensamento econômico. Rio de Janeiro: Campus, 1981.

HUNT, E. K.; SHERMAN, Howard. J. História do pensamento econômico. Petrópolis: Vozes, 2010.

MACHADO, Filipe C.; MARANHÃO, Carolina M. S. de A.; PEREIRA, Jussara J. O conceito de cultura organizacional em Edgar Shein: uma reflexão à luz dos Estudos Críticos em Administração. REUNA, Belo Horizonte, v.21, n.1, p.75-96, jan.–mar. 2016.

MOURA, Guilherme. Hipergeneralizações: organizações são quase qualquer coisa em best-sellers de introdução à Administração. Cadernos EBAPE.BR. Rio de Janeiro, v.12, nº1, artigo 4, p. 62-85, jan/mar. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1679-39512014000100006

PERROW, Charles. Organizing America: wealth, power, and the origins of corporate capitalism. New Jersey: Princeton University Press, 2002.

RAPAPORT, Anatole. Prefácio. In CLAUSEWITZ, C. V. Da Guerra. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

RIDDELL, T; SCHACKELFORD, J. A.; STAMOS, G. Economics: a tool for critically understanding society. Pearson Education: Boston, 2008.

SEIFERT, Rene E.; VIZEU, Fábio. Crescimento organizacional: uma ideologia gerencial? RAC, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 127-141, jan./fev. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2015812

SMITH, Adam. A riqueza das nações. Editora Nova Cultual Ltda: São Paulo, 1976.

TRAGTENBERG, Maurício. Burocracia e Ideologia. São Paulo: Editora Ática, 1992.

TRAGTENBERG, Maurício. Administração, poder e ideologia. São Paulo: Editora UNESP, 2005. DOI: https://doi.org/10.7476/9788539302840

ÜSDIKEN, Behlul.; KIESER, Afred. Introduction: History in Organisation Studies. Business History, 46(3), p.321-330, july. 2004. https://doi.org/10.1080/0007679042000219166 . DOI: https://doi.org/10.1080/0007679042000219166

VAN DIJK, Teun A. Ideologia: uma aproximación multidisciplinaria. Barcelona: Gedisa, 2006.

VAN DIJK, Teun A. Ideologia. Letras de Hoje. Porto Alegre, v.50, n. esp. (supl.), p. s53-s61, dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-7726.2015.s.23139

VIZEU, Fábio. (Re)contando a Velha História: Reflexões sobre a Gênese do Management. RAC. Curitiba, v. 14, n. 5, art. 1, pp. 780-797, set./out. 2010a. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552010000500002

VIZEU, Fábio. Potencialidades da análise histórica nos estudos organizacionais brasileiros. Revista de Administração de Empresas, v. 50, n. 1, p. 36-46, jan./mar. 2010b. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902010000100004

WALLERSTEIN, Immanuel. O Sistema Mundial Moderno – II. O mercantilismo e a consolidação da encomia-mundo europeia, 1600-1750. Porto- Portugal: Edições Afrontamento, 1974.

WEBER, Max. História Geral da Economia. São Paulo: Centauro, 2006.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2009.

Downloads

Publicado

2025-03-09

Como Citar

BÉHAR, A. H., & FEITOSA, M. G. G. (2025). Ideologias modernas e sociedade burguesa como as bases cognitivas das organizações atuais. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 21(XXI), 455–470. https://doi.org/10.35355/revistafenix.v21iXXI.1369