Jean Améry

autobiografia, tempo e nêmesis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35355/revistafenix.v22i1.1471

Palavras-chave:

Jean Améry, autobiografia, tempo e nêmesis, história intelectual e testemunho

Resumo

Os testemunhos escritos por Jean Améry apresentam conteúdos autobiográficos relacionados à percepção sobre o tempo. Destaco a concepção de temporalidade e nêmesis em Améry em que estão sugeridos a história de uma época, o dilema entre vítima e perpetrador, a crítica à interpretação linear e progressiva da história. Autobiografia, tempo e nêmesis circunscrevem como Améry atribuiu sentido a uma história intelectual na sua condição de sobrevivente da Shoah e testemunha moral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Gonçalves, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Doutor em História, Professor Adjunto do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná.

Referências

AMÉRY, J. Radical Humanism – Selected Essays, Jean Améry. Indianapolis: Indiana University Press, 1984. Disponível: https://publish.iupress.indiana.edu/projects/radical-humanism

AMÉRY, J. On Aging. Revolt and Resignation. Indianapolis: Indiana University Press, 1994 [1968].

AMÉRY, J. Años de andanzas nada magistrales. València: Editorial Pre-Textos, 2006 [1971].

AMÉRY, J. Além do crime e castigo: tentativas de superação. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013 [1966].

ANTELME, R. A espécie humana. Rio de Janeiro: Record, 2013.

ARFUCH, L. O espaço biográfico na (re)configuração da subjetividade contemporânea. In: GALLE, H. et al (Orgs). Em primeira pessoa: abordagens de uma teoria da autobiografia. São Paulo: Annablume; Fapesp; FFLCH, USP, 2009, pp. 113-121.

BAQUERO, R. P. Resistencia ética, resentimiento y temporalidad quebrada: Pensar la justicia transicional desde Jean Améry. Unisinos Journal of Philosophy, 24 (1): 2023, pp. 1-13 DOI: https://doi.org/10.4013/fsu.2023.241.07

BRUDHOLM, T. Resentment’s Virtue. Jean Améry and the Refusal to Forgive. Philadelphia: Temple University Press, 2006.

CALDAS, P. Fragmentos metodológicos: um relato sobre o estudo da obra de Primo Levi. In: VARGAS, M. et al (Orgs.). Testemunho e escrita da história: Da Grande Guerra à pandemia da Covid-19. São Paulo: Letra e Voz, 2023, pp. 87-101.

CARUTH, C. Unclaimed Experience. Trauma, Narrative and History. Baltimore: The John Hopkins University Press, 1996. DOI: https://doi.org/10.1353/book.20656

CERTEAU, M. de. História e psicanálise: entre ciência e ficção. Belo Horizonte: Autêntica, 2023.

DOV KULKA, O. Paisagens da metrópole da morte. Reflexões sobre a memória e a imaginação. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

ELIAS, N. Sobre o Tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

FELLER, Y. Revolt against Time: Jean Améry on the Constitution of the Self. New German Critique, Duke University Press, n.1, 2023, pp. 155-178. Doi: https://doi.org/10.215/0094033x-10140791 DOI: https://doi.org/10.1215/0094033X-10140791

FREI, N. Adenauer’s Germany and the Nazi Past. The Politics of Amnesty and Integration. New York: Columbia University Press, 2002. DOI: https://doi.org/10.7312/frei11882

FREI, N. An Arduous Affair: Some Remarks About the Holocaust in German Historiography and Memory. The Journal of Holocaust Research, vol. 37, nº 1, 2023, pp. 72-79. DOI: https://doi.org/10.1080/25785648.2022.2155379

FRIEDLÄNDER, S. El Tercer Reich y los judíos – Los años de la persecución. Barcelona: Galaxia Gutenberg/Círculo de Lectores, 2012.

GÖRTEMAKER, M. et al (Eds.). Die Rosenburg Das Bundesministerium der Justiz und Die NS-Vergangenheit – eine Bestandsaufnahme. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht GmbH & Co. KG, 2013. DOI: https://doi.org/10.13109/9783666300462

HEIDELBERGER-LEONARD, I. Jean Améry. Revuelta en la resignación. València: Publicacions de la Universitat de València, 2010.

JEAN-MARIE, V. Reflections on Jean Améry. Torture, Resentment, and Homelessness as the Mind’s Limits. New York: Palgrave Macmillan, 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-02345-4

KLUGER, R. Paisagens da memória: Autobiografia de uma sobrevivente do holocausto. São Paulo: Editora 34, 2005.

KOSELLECK, R. Las esclusas del recuerdo y los estratos de la experiencia. El influjo de las dos guerras mundiales sobre la conciencia social. In: KOSELLECK, R. Los estratos del tiempo: estudios sobre la historia. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 2001, pp. 135-154.

KOSELLECK, R. Terror e sonho – Anotações metodológicas para as experiências do tempo no Terceiro Reich. In: KOSELLECK, R. Futuro Passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006, pp. 247-265.

KRAVITZ, A. On Historical Objectivity, the Reality of Evil and Moral Kitsch: Jean Améry as Witness. In: ATARIA, Y. et al (Eds.). Jean Améry: Beyond the Mind’s Limits. Cham: Palgrave Macmillan, 2019, pp. 15-34. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-28095-6_2

LaCAPRA, D. Escribir la historia, escribir el trauma. Buenos Aires: Nueva Visión, 2005.

LEVI, P. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

LEVI, P. Os afogados e os sobreviventes. Rio de Janeiro: 2016.

MAO, D. Inventions of Nemesis. Utopia, Indignation and Justice. Princeton: Princeton University Press, 2020. DOI: https://doi.org/10.23943/princeton/9780691199252.001.0001

SCHELER, M. Arrependimento e renascimento. Lisboa: Edições 70, 2018 [1921].

SEBALD, W. G. Campo Santo. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

SEMPRÚN, J. A escrita ou a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

STAUFFER, J. Ethical Loneliness: the injustice of not being heard. New York: Columbia University Press, 2015. . DOI: https://doi.org/10.7312/stau17150

TEITEL, R. Transitional Justice. Oxford: Oxford University Press, 2000. DOI: https://doi.org/10.1093/oso/9780195100648.001.0001

VEIL, S. A Madrugada em Birkenau. Testemunhos recolhidos por David Teboul. Lisboa: Quetzal, 2021

VETLESEN, A. J. Evil and Human Agency. Understanding Collective Evildoing. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511610776

WAXMAN, Z. V. Writing the Holocaust. Identity, Testimony, Representation. Oxford: Oxford University Press, 2006.

WIKINSKI, M. O trabalho da testemunha. Testemunho e experiência traumática. São Paulo: Annablume, 2019.

ZEYRINGER, K. e GOLLNER, H. Áustria, uma história literária: literatura, cultura e sociedade desde 1650. Curitiba: Editora da UFPR, 2019.

ZOLKOS, M. Reconciling Community and Subjective Life. Trauma Testimony as Political Theorizing in the Work of Jean Améry and Imre Kertész. New York: The Continuum International Publishing Group Inc., 2010.

Downloads

Publicado

2025-07-14

Como Citar

GONÇALVES, M. (2025). Jean Améry: autobiografia, tempo e nêmesis. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 22(1), 235–261. https://doi.org/10.35355/revistafenix.v22i1.1471