Uma Democracia em vertigem
DOI:
https://doi.org/10.35355/revistafenix.v22i1.1474Palavras-chave:
cinema , história , documentário, história do tempo presente, impeachment 2016Resumo
A análise que apresentamos parte das premissas que o cinema é fonte privilegiada para a pesquisa na interface cinema/história, desde o trabalho pioneiro de (FERRO, 1992). Nessa relação, o gênero documentário, proporciona o contato com “representações da história” nos termos de (NICHOLS, 2016) e uma possibilidade de repensar a própria prática historiográfica conforme (BARROS, 2007). A opção pela escolha do estudo de filmes que tratam da história política brasileira das últimas décadas, nos marcos de uma “história do tempo presente”, se deu como tentativa de tentar entender melhor os dias em que vivemos com amparo do passado. Nesse sentido, vamos utilizar o filme Democracia em Vertigem como principal fonte e, como fontes auxiliares, entrevistas em que a diretora Petra Costa explicitou seus objetivos e visão de mundo, por ocasião da divulgação da película. A perspectiva metodológica será a da análise fílmica na qual, conforme (NAPOLITANO, 2018), as opções estéticas da direção também devem ser levadas em conta nos seus desdobramentos políticos e históricos.
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