SIMBOLIZANDO A DEVOÇÃO
IRMANDADES, CEMITÉRIO E ENTERRAMENTOS EM PORTO ALEGRE NO SÉCULO XIX
Palavras-chave:
Irmandades religiosas, Devoção, EnterramentosResumo
Este artigo pretende analisar as expressões de devoção nas irmandades religiosas de Porto Alegre no que diz respeito às possibilidades no trato com os enterramentos a partir da organização do cemitério geral a cargo da Santa Casa de Misericórdia, em 1850. No decorrer da segunda metade do século XIX verificamos os esforços das irmandades em enterrar seus mortos, entendendo-os como exemplos demonstrativos da importância da sensibilidade religiosa entre os leigos católicos do sul do Brasil. Pretendemos contribuir com uma nova visão historiográfica, ainda pouco explorada, que considera a relevância da religiosidade na capital da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
Downloads
Referências
AHCMPOA, Jornal O Thabor, ano1, n.28, 18 março de 1882.
BAREA, Dom José. História da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. 1932. Porto Alegre: EST, 2004.
BARBOSA, Eni. O processo Legislativo e a escravidão negra na província de São Pedro do Rio Grande do Sul – Fontes. Porto Alegre, 1987.
BARRAN, José Pedro. Historia de la sensibilidad en el Uruguay. Tomo 1: La cultura ‘barbara’ (1800-1860). 8. ed. Montivideo: Ediciones de La Banda Oriental, Faculdad de Humanidades y Ciências, 1991.
BORGES, Célia Maia. Escravos e libertos nas irmandades do Rosário. Devoção e solidariedade em Minas Gerais – séculos XVIII e XIX. Juiz de Fora: UFJF, 2005.
BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
CAMPOS, Adalgisa. A portada da Capela de São Miguel e a veneração às almas do purgatório, Vila Rica – Brasil (século XVIII). Barrocos Y Modernos. Vervuert. Iberoamericana, 1998.
CASTILLO, José Manuel Sanz del. O Movimento da Reforma e a “paroquialização” do espaço eclesial do século XIX ao XX. In: TORRES-LONDONO, Fernando. Paróquia e Comunidade no Brasil. Perspectiva histórica. São Paulo: Paulus, 1997.
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril. Cortiços e epidemias na corte imperial. 3. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.
COLUSSI, Eliane. A maçonaria gaúcha no século XIX. Passo Fundo: Edupf, 1998.
ELIADE, Mircea. Tratado de História das religiões. Portugal: Edições Asa, 1992.
FLECK, Eliane. Sentir, Adoecer e Morrer. Sensibilidade e Devoção no Discurso Missionário Jesuítico do século XVII. 1999. Tese (Doutorado em História), Programa de Pós-graduação, Pontifícia Universidade Católica/RS, Porto Alegre, 1999.
FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre. Guia Histórico. 2. ed. Porto Alegre: UFRGS, 1992.
FREYRE, Gilberto. Ordem e Progresso. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
ISAIA, Artur. Catolicismo e autoritarismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Edipucrs, 1998.
LACET, Juliana Lemos. Os rituais de morte nas irmandades de escravos e libertos. Vila Rica, século XVIII. 2003. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-graduação, UFOP, 2003.
LAYTANO, Dante de. Vida Religiosa de Cidade do Interior. Crônicas das irmandades tradicionais do Rio Pardo. Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Históricos do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial, ano1, n.2, jun. 1952.
MACEDO, Francisco Riopardense. Porto Alegre: Origem e crescimento. Porto Alegre: Sulina, 1968.
MÜLLER, Liane. “As contas do meu Rosário são balas de artilharia”. Irmandade, jornal e sociedades negras em Porto Alegre, 1889-1920. 1999. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-graduação, Pontifícia Universidade Católica/RS, Porto Alegre, 1999.
NASCIMENTO, Mara Irmandades Religiosas na cidade: entre a ruptura e a continuidade na transferência cemiterial em Porto Alegre, no século XIX. Estudos Ibero-Americanos, PUC/RS, v. XXX, n. 1, jun. 2004.
PEREIRA, José Carlos. A linguagem do corpo na devoção popular do catolicismo. Revista de Estudos da Religião, n. 3, 2003.
RAMOS, Maria Beatriz Cunha. Igreja das Dores. Importância Histórico-Cultural para a cidade de Porto Alegre. Porto Alegre: Pallotti, 1989.
REIS, João José. A morte é uma festa. Ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
ROCHA, Maria Aparecida. Igrejas e Cemitérios. As transformações nas práticas de enterramentos na cidade de Cuiabá. 1850-1889. 2001. Dissertação (Mestrado em História), UFMT, 2001.
RODRIGUES, Carlos Moisés. “No tempo das Irmandades”. Cultura, Identidade e Resistência nas irmandades religiosas do Ceará. (1864-1900). 2005. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica/SP, São Paulo, 2005.
RODRIGUES, Cláudia. Nas fronteiras do além: o processo de secularização da morte no Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX). 2002. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-graduação, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2002.
ROMANO, Roberto. Brasil: Igreja contra Estado. (Crítica ao Populismo católico). São Paulo: Kairós, 1979.
SAHLINS, Marshal. Cultura e Razão Prática. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1987.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil. 1870-1930. 6. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2005.
SILVA JR, Adhemar Lourenço. As sociedades de socorros mútuos: estratégias privadas e públicas. (estudo centrado no Rio Grande do Sul – Brasil, 1854-1940). 2005. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-graduação, Pontifícia Universidade Católica/RS, Porto Alegre, 2005.
TOSON, Berenice Ana; CASTANHO, Mara Regina; MACHADO, Sônia. Catálogo das Atas da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. 1856-1865. Porto Alegre: UE/Secretaria Municipal de cultura, 2000.
VAUCHEZ, André. A Espiritualidade na Idade Média Ocidental. Séculos VIII a XIII. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1995.
WEBER, Beatriz. As artes de curar. Medicina, religião, magia e positivismo na república Rio-grandense – 1889-1928. São Paulo: Edusc, 1999.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença Creative Commons (CC BY-NC-ND 4.0). Em virtude de os artigos serem publicados nesta revista de acesso público, eles são de uso gratuito, com atribuições próprias, não-comerciais.
