A ARTE E A HISTÓRIA NO DOCUMENTÁRIO “A REVOLUÇÃO DE 1930”

Autores

  • Noé Freire Sandes Universidade Federal de Goiás – UFG
  • Vera Bergerot Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás – IFITEG

Palavras-chave:

História, Arte, Cinema, Revolução de 1930

Resumo

O olhar artístico sobre uma obra evoca uma relação de cumplicidade capaz de preceder toda a busca de significação lógica, esperada pelo espectador comum. Há, no artista, certa necessidade íntima de velar, sob a égide de signos indecifráveis, seus impulsos mais íntimos e privados. No historiador instaura-se o esforço de um pretendido processo de revisão histórica ao retirar o realismo, imagem igual à verdade, da interpretação do passado. Neste artigo há, portanto, a desafiadora reflexão sobre uma obra fílmica, um documentário sobre um momento de nossa história: a Revolução de 1930, de Sylvio Back, no qual arte e história se fundem numa multiplicidade de signos visuais que impedem a hegemonia de uma só interpretação, oferecendo e exigindo até um apaziguamento conceitual, procedimento que demanda, sem dúvida, uma abertura para novas interpretações.

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Biografia do Autor

Noé Freire Sandes, Universidade Federal de Goiás – UFG

Professor Associado II do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás. Pesquisador CNPq. Desenvolve o projeto Entre a memória e a história: os exilados da velha república.

Vera Bergerot, Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás – IFITEG

Artista plástica. Professora e coordenadora de pós-graduação (Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás – IFITEG) em Filosofia da Arte e Cinema e Educação.

Referências

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Publicado

2011-04-28

Como Citar

Freire Sandes, N. ., & Bergerot, V. . (2011). A ARTE E A HISTÓRIA NO DOCUMENTÁRIO “A REVOLUÇÃO DE 1930”. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 8(1), 1–15. Recuperado de https://revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/293