FREYRE & FOUCAULT
CASA-GRANDE & SENZALA COMO MICROFÍSICA DO PODER
Palavras-chave:
Sociologia freyriana, Genealogia do poder, Dispositivo colonial no BrasilResumo
“Adaptável”, “sutil”, móvel”, “plástica”: eis os termos com que o Freyre caracteriza a experiência colonial portuguesa no Brasil. Distorção nostálgica de uma realidade em que a repressão deu sempre o tom? Talvez. Mas não se deve deixar de reconhecer que adaptabilidade, sutileza, mobilidade e plasticidade são precisamente os traços atribuídos por Foucault ao poder — pelo menos, em suas formas mais modernas. Esse é o dado inicial a partir de que pretendo aproximar as obras de Michel Foucault e Gilberto Freyre. Hipótese geral do ensaio: Freyre é, quanto ao dispositivo colonial, uma analista da face polimorfa, capilar e plástica do poder.
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Referências
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 30 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2002.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I – A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1998.
FOUCAULT, Michel. Os Anormais. São Paulo: Marins Fontes, 2001.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1977.
SAID, Edward. O Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
STENDHAL. O Vermelho e o Negro. Porto Alegre: Editora Globo, 1958.
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