FREYRE & FOUCAULT

CASA-GRANDE & SENZALA COMO MICROFÍSICA DO PODER

Autores

  • Fábio Lopes da Silva Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Palavras-chave:

Sociologia freyriana, Genealogia do poder, Dispositivo colonial no Brasil

Resumo

“Adaptável”, “sutil”, móvel”, “plástica”: eis os termos com que o Freyre caracteriza a experiência colonial portuguesa no Brasil. Distorção nostálgica de uma realidade em que a repressão deu sempre o tom? Talvez. Mas não se deve deixar de reconhecer que adaptabilidade, sutileza, mobilidade e plasticidade são precisamente os traços atribuídos por Foucault ao poder — pelo menos, em suas formas mais modernas. Esse é o dado inicial a partir de que pretendo aproximar as obras de Michel Foucault e Gilberto Freyre. Hipótese geral do ensaio: Freyre é, quanto ao dispositivo colonial, uma analista da face polimorfa, capilar e plástica do poder.

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Biografia do Autor

Fábio Lopes da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Professor do Departamento de Letras e da Pós-Graduação em Lingüística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Publicou o artigo A Pedof(am)ilia moderna: notas foucauldianas sobre um caso de pedofilia. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. Jul./Ago./Set. de 2005, Vol. 2, Ano II.

Referências

FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 30 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2002.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I – A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1998.

FOUCAULT, Michel. Os Anormais. São Paulo: Marins Fontes, 2001.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1977.

SAID, Edward. O Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

STENDHAL. O Vermelho e o Negro. Porto Alegre: Editora Globo, 1958.

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Publicado

2006-09-14

Como Citar

Lopes da Silva, F. . (2006). FREYRE & FOUCAULT: CASA-GRANDE & SENZALA COMO MICROFÍSICA DO PODER. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 3(3), 1–20. Recuperado de https://revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/818