AIMÉ-ADRIEN TAUNAY

UM ARTISTA ROMÂNTICO NO INTERIOR DE UMA EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA

Autores

  • Maria de Fátima Costa Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT

Palavras-chave:

A-A. Taunay, arte de viajantes, expedição científicas, Langsdorff

Resumo

Aimé-Adrien Taunay foi desenhista da expedição russa comandada por G. H. Langsdorff entre 1825-1828 percorreu o interior do Brasil. Neste tempo realizou uma obra construída com delicada intuição artística. Sem dúvida, seu trabalho - junto com o de Rugendas e Ender - está entre os melhores realizados pelos artistas-viajantes que visitaram o país.  Entretanto, sua participação nesta empresa científica foi toda ela marcada por indecisões e fortíssimos conflitos com seu chefe. Sensível, Aimé-Adrien não conseguiu adaptar-se aos rígidos preceitos exigidos por Langsdorff nem ao exaustivo cotidiano que uma viagem deste porte impõe. Revisando o acervo desta expedição foi possível encontrar documentos que permitiram violar um pouco do seu universo móvel, com êxitos, percalços, vicissitudes e atritos que emergem de uma prolongada convivência contínua. Com base nestes documentos, estuda-se a obra de Taunay, discutindo a arte produzida por viajantes na primeira metade do século XIX e os conflitos vividos por Taunay como desenhista da expedição russa ao interior do Brasil.

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Biografia do Autor

Maria de Fátima Costa, Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT

Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo e estágio de pós-doutorado na área de História da Arte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora adjunta da UFMT e professora colaboradora convidada da UFRGS.

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Publicado

2007-12-11

Como Citar

Costa, M. de F. . (2007). AIMÉ-ADRIEN TAUNAY: UM ARTISTA ROMÂNTICO NO INTERIOR DE UMA EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 4(4), 1–17. Recuperado de https://revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/635