A REINVENÇÃO DA PALAVRA NECESSÁRIA, UMA APRESENTAÇÃO DO FILME SHOAH DE CLAUDE LANZMANN
Palavras-chave:
Shoah, Testemunho, RepresentaçãoResumo
Esse artigo pretende apontar, em linhas gerais, quais são os princípios que regem a obra cinematográfica Shoah, de Claude Lanzmann, atentando para o desafio que está sempre presente quando se pretende retratar um passado histórico: aproximar-se dele sem banalizá-lo ou falseá-lo, mas, ao mesmo tempo, mantendo sempre a consciência de que esse retrato é necessariamente diferente do passado em si. Lanzmann procura resolver essa questão centrando seu filme no testemunho, ou seja, na palavra que se reinventa e refaz o passado, (e que é necessária, para que esse passado não se perca) e na filmagem dos lugares onde se deu a catástrofe no presente, “não-lugares da memória”, vazios que se preenchem a partir das lacunas do discurso.
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Referências
SÁNCHEZ-BIOSCA, Vicente. “Shoah”: le lieu, le personnage, la mémoire. In: AUMONT, J. (Dir.). La mise en scéne. Bruxelles: Le Boeck Universte, 2000
BENJAMIN, Walter. O narrador. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
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