O destino das imagens e memórias históricas
Batalhas e guerras semióticas na cena dos monumentos
DOI:
https://doi.org/10.35355/revistafenix.v17i17.942Schlagworte:
Monumentos Históricos, Imagens, Memórias Políticas, BicentenárioAbstract
Nesse ensaio apresentamos pesquisa sobre a gestão das imagens e das memórias políticas no espaço sócio-histórico contemporâneo. Destaca-se no estudo da política da imagem nos campos empíricos, suas características semiológicas sobressalentes. Trata-se de um estudo sobre a colonização do imaginário sociopolítico, através de imagens históricas encenadas em equipamentos culturais, monumentos e espaços sociais urbanos. Analisamos aspectos da montagem do quadro imagético nacional pontuando momentos destacados num largo ciclo de comemorações históricas ativadas desde a Independência em 1822. Nesse trabalho, articulamos os conceitos de máquina de guerra semiótica, batalha das imagens e guerra das imagens sobre a memória política na atualidade. Nesse trajeto operamos a noção de memórias enxertadas na compreensão da lógica das ressurgências imagéticas no espaço sociopolítico.
Downloads
Literaturhinweise
BACZKO, Bronislaw. A imaginação social. In: Leach, Edmund et Alii. Anthropos-Homem. Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda. 1985
BAUDRILLARD, J. Tela total: mito-ironias do virtual e da imagem. Porto Alegre: Sulina. 2005.
BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix. 1978.
CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas. São Paulo: Ed. Companhia das Letras. 1990.
CORRÊA, Alexandre Fernandes. A Imagem Barroca da Civilização Latinoamericana. In: V SOLAR - Congresso da Sociedade Latino-Americana de Estudos sobre América Latina e Caribe. São Paulo. Resumo das Comunicações. São Paulo: EDUSP. v. 1. p. 15-16. 1992.
CORRÊA, Alexandre Fernandes. Festim Barroco: a festa dos prazeres. São Luís: EDUFMA. 2008
CORRÊA, Alexandre Fernandes. Teatro das memórias: ensaios sobre ação cultural na atualidade. São Luís: EDUFMA. 2013.
CORRÊA, Alexandre Fernandes. Guerra das imagens e memórias enxertadas: monumentos, museus e memórias históricas em conflito. 6ª Reunião Equatorial de Antropologia. MR 14 - Os usos de imagens e a produção de significados. Salvador. 2019
CORRÊA, Alexandre Fernandes. Batalha das imagens e memórias enxertadas: gestão política e cultural dos monumentos, museus e memórias históricas. XI Seminário Internacional de Políticas Culturais. CCRB. Rio de Janeiro. 2020a.
CORRÊA, Alexandre Fernandes. Batalha das imagens no bicentenário da independência. 32ª Reunião Brasileira de Antropologia. GT 15 - Antropologia, Performances e Patrimônios: saberes insubmissos. 2020b. https://www.32rba.abant.org.br/simposio/view?ID_SIMPOSIO=57
GEERTZ, Clifford. Negara: o Estado-Teatro no Século XIX. Rio de Janeiro:Bertrand. 1991.
GRUZINSKY, Serge. A guerra das imagens: de Cristóbal Colón à “Blade Runner”(1492-2019). São Paulo: Companhia das Letras. 2006
JEUDY, Henri-Pierre. Memórias do social. Rio de Janeiro: Forense Universitária,1990.
LACLAU, Ernest. A razão populista. São Paulo: Editora Três Estrelas. 2013.
LIFSCHITZ, Javier Alejandro. Sobre as manifestações de junho e suas máscaras. Revista Dilemas – Revista de estudos de conflito e controle social, UFRJ, v. 6, n. 4. 2013.
LIFSCHITZ, Javier Alejandro. Os agenciamentos da memória política na américa latina. Revista Brasileira de Ciências Sociais - vol. 29 n° 85, p. 145-225. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69092014000200010
LIFSCHITZ, Javier Alejandro. Em torno da memória política. Morpheus: Rio de Janeiro, v. 9, n. 15. p. 67-82. 2016.
LIFSCHITZ, Javier Alejandro. Los espectros de las dictaduras militares en América Latina. Estudos IberoAmericanos, v. 44, n. 2, p. 340-353, maio/ago. Porto Alegre. 2018a. DOI: https://doi.org/10.15448/1980-864X.2018.2.29323
LIFSCHITZ, Javier Alejandro. O avesso do golpe no Brasil: formas de resistência. Revista Teoria e Debate, ed. 174, Sociedade. 2018b: https://teoriaedebate.org.br/2018/07/11/o-avesso-dogolpe-no-brasil-formas-de-resistencia-e-sujeito-politico/
LIFSCHITZ, Javier Alejandro. Brasil, política e vertigem. e-l@tina, Revista Eletronica de Estudos Latinoamericanos, v. 17, n. 68, Buenos Aires, jul/set. 2019a
LIFSCHITZ, Javier Alejandro. Atos inaugurais e política na américa latina atual. Psicanálise & Barroco em revista | Edição Especial: Psicanálise e Política: versões e reversões do mundo e do imundo. v.17, n. 02 | outubro. 2019b DOI: https://doi.org/10.9789/1679-9887.2019.v17i2.15-38
LAVINAS, Laís Villela. Um animal político na cultura brasileira: Aloísio Magalhães e o campo do patrimônio cultural no Brasil (anos 1966-1982). Rio de Janeiro: Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 2014.
MARTINS, José de Souza. Sociologia da fotografia e da imagem. São Paulo: Contexto. 2008.
MARX ENGELS. Obras escolhidas. Tomo I. Lisboa: Edições “AVANTE!”. 1982.
NEXO. Um antropólogo e um historiador respondem a 3 perguntas sobre a tinta jogada no Monumento às Bandeiras. Estevão Bertoni, 07 Out 2016: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/10/07/Um-antrop%C3%B3logo-e-um-historiador-respondem-a-3-perguntas-sobre-a-tinta-jogada-no-Monumento-%C3%A0s-Bandeiras Acesso: 3 Nov 2020.
PIAUÍ. Vultos das humanidades. O antropólogo contra o estado: as ideias e as brigas de Eduardo Viveiros de Castro. Rafael Cariello. Edição 88/Janeiro, 2014: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-antropologo-contra-o-estado/ Acesso: 3 Nov 2020.
RANCIÈRE, Jacques. O destino das imagens. Rio de Janeiro: Contraponto. 2012.
REVISTA FÓRUM. Entrevista intitulada “É preciso entender as redes e as ruas”, publicada na Revista Fórum, Edição 127, 22 Out 2013: http://www.revistaforum.com.br/2013/10/20/e-preciso-entender-as-redes-e-as-ruas/
SANTOS, Laymert Garcia dos. Politizar as novas tecnologias. São Paulo: Ed. 34. 2003
WALLERSTEIN, Immanuel. O fim do mundo como o concebemos: ciência social para o século XXI. Rio de Janeiro: Revan. 2002.
WOLF, Eric. Antropologia e poder. São Paulo: Unicamp. 2003.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença Creative Commons (CC BY-NC-ND 4.0). Em virtude de os artigos serem publicados nesta revista de acesso público, eles são de uso gratuito, com atribuições próprias, não-comerciais.