The Rise Of ‘Bacurau’

Cinema, Necropolitics And [Counter]Violence

Authors

  • Aguinaldo Rodrigues Gomes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
  • Flávio Vilas-Bôas Trovão Universidade Federal de Rondonópolis - UFR

DOI:

https://doi.org/10.35355/revistafenix.v17i17.951

Keywords:

Bacurau, cinema, necropolitics, resistance, history

Abstract

This paper is a historical and critical analysis of the Brazilian film Bacurau (2019), written and directed by Kleber Mendonça Filho and Juliano Dornelles, which articulates a cinematographic view of the country's history, problematizing both the dilemmas currently faced and the past of resistance of groups historically marked by differences based on customs and traditions, in confronting contemporary necropolitics. The film review understood Bacurau as a space to debate for brazilian social issues, such as local tradiotional colonel policies (represented by Mayor Toni Jr.) and economical practices centered on geographical poles of power (represented by the characters of the Southeast) which, following the logic of globalized financial capitalism, they produce, from the precariousness of the lives of the most vulnerable people, a kind of human safari of the subjects, promoting a trivialization of the life of the other. This is understood, just as in the movie, as victims of a neocolonialist policy of death on a large scale, but which can be tackled from the cultural tradition of insurgent subjects from northeastern Brazil, through a policy of differences built from the margins as response to oppressions, which at least, in their film representations, inspire life.

 

Downloads

Download data is not yet available.

References

ARAÚJO, Inácio. Bacurau é feito com raiva e troca sutileza pelo ataque direto. FOLHA DE S. PAULO, Caderno Ilustrada, São Paulo, agosto de 2019.

BALLERINI, F. Cinema brasileiro no século 21. Reflexões de cineastas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os rumos da cinematografia nacional. São Paulo: Summus, 2012.

BANDERA, Vinícius. A contraviolência como estética glauberiana. Montajes Revista de Análisis Cinematográfico, Número 005, jan.-jun. 2013.

BENJAMIN, Walter. Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio d’Água, 1992.

BUI, Camille. Village Global. Cahiers du Cinema. [n. 758], Paris, setembro de 2019. Tradução de Celso Marconi. Disponível em: <https://vermelho.org.br/prosa-poesia-arte/leia-a-integra-da-critica-da-revista-cahiers-du-cinema-sobre-bacurau/>. Acesso em: agosto de 2020

CAMARA, A. S. Figurações, mitificações e modernização: visões do nordeste na cinematografia brasileira dos anos 1990. In: NOVOA, J., e BARROS, J. Cinema-História. teoria e representações sociais no cinema. Rio de Janeiro: Apicuri, 2012.

CARTA CAPITAL. Bacurau é um filme de resistência defendem os diretores Kleber Mendonça e Juliano Dornelles. Youtube. 24 de agosto de 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=P8b_XONFjE8>. Acesso em agosto de 2020:

DARGIS, Mahnola. ‘Bacurau’ review: life and death in a small brazilian town. The New York Times. Nova York, 05 de março de 2020.

DESBOIS, Laurent. A odisseia do cinema brasileiro. Da Atlântida a Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. p. 191.

DÍDIMO, Marcelo. O cangaço no cinema brasileiro. São Paulo: Annablume, 2010.

FAUSTINO, D. M. Frantz Fanon: capitalismo, racismo e a sociogênese do colonialismo. SER Social, v. 20, n. 42, p. 148-163, 15 jun. 2018 DOI: https://doi.org/10.26512/ser_social.v20i42.14288

GREGÓRIO, Paulo H. S. O trágico em A hora e a vez de Augusto Matraga: uma leitura nietzschiana. Pandaemonium germanicum, n. 16, 2010/2, p. 186. DOI: https://doi.org/10.1590/S1982-88372010000200009

HANCIAU, Nubia. O entre lugar. In: Figueiredo, Eurídice (Org.). Conceitos de literatura e cultura. Juiz de Fora/Niterói: Ed. UFJF/EdUFF, 2005.

HOOKS, Bell. Teoria feminista: da margem ao centro. São Paulo: Editora Perspectiva, 2020.

JAFA, Van. 3 visões do Coronel de Macambira. Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 15 de junho de 1967: Disponível em:

<http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_07&pagfis=83087&url=http://memoria.bn.br/docreader#>. Acesso em: ago. 2020.

LAGNY, Michèle. O cinema como fonte de história. em: NOVOA, J., FRESSATO, S., FEIGELSON, K. (Orgs.). Cinematógrafo: um olhar sobre a história. Salvador: EDUFBA; São Paulo: Ed. da UNESP, 2009, p. 123-124.

MATTOS, A. Publique-se a lenda: a história do western. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

NAPOLITANO, Marcos. 1964: história do regime militar brasileiro. São Paulo: Contexto, 2014.

NEVES, Anderson. Fênix: Revista de História e Estudos Culturais. ano IX, vol. 9, n. 02, mai-ago. 2012.

NOSSO QUINTAL (online). Marília, 16 de setembro de 2019. Disponível em: <https://nonossoquintal.com.br/redacao/noticias/cancao-de-mariliense-esta-no-filme-bacurau-vencedor-de-cannes>. Acesso em ago. 2020:

NUNES, Rodrigo. ‘Bacurau’ não é sobre o presente, mas o futuro. El País, 06 out. 2019.

RAMOS, Alcides. O canibalismo dos fracos. Bauru: Edusc, 2002.

SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. 2. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

SCHENKER, Daniel. Crítica: Bacurau. O Globo, Rio de Janeiro, 27 ago. 2019.

SILVA, Robson Pereira da. Ney Matogrosso...para além do bustiê: performances da contraviolência na obra Bandido (1976-1977). Curitiba: Appris, 2020.

SILVA, Robson. “Vai malandra...seu corpo é instrumento [contra] violento”: Figurações da marginalidade no filme “A Rainha Diaba” (1973). In: NETO, Miguel Rodrigues de Sousa; GOMES, Aguinaldo. História e teoria queer. Salvador: Devires, 2018.

SILVA, T. C. Ironias sertanejas: sobre os vazios e arbítrios de Bacurau. em: Cadernos de Gênero e Diversidade. v. 05, n. 03, 2019. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.9771/cgd.v5i3.33844>. Acesso em: ago. 2020.

SPYER, Tereza. Distopias à brasileira: ‘Bacurau’ e ‘Divino Amor’. Revista Epistemologias do Sul, v. 3, n. 1, p. 92-109, 2019.

VANDRÉ, Geraldo. Réquiem para Matraga. Letras (online). Disponível em: <https://www.letras.mus.br/geraldo-vandre/1013919/>. Acesso em: ago. de 2020.

XAVIER, Ismail. Da violência justiceira à violência ressentida. Ilha do Desterro. Florianópolis, v. 09, n. 51, 2006. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8026.2006n51p55

Published

2020-12-23

How to Cite

Rodrigues Gomes, A. ., & Vilas-Bôas Trovão, F. . (2020). The Rise Of ‘Bacurau’: Cinema, Necropolitics And [Counter]Violence . Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 17(2), 231–261. https://doi.org/10.35355/revistafenix.v17i17.951