ESTADOS-NACIONAIS E EXÉRCITOS NA EUROPA MODERNA

UM OLHAR SOBRE O CASO PORTUGUÊS

Autores/as

  • Francis Albert Cotta Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Centro Universitário de Belo Horizonte – UniBH

Palabras clave:

Exércitos, Europa Moderna, Portugal

Resumen

A historiografia política e social que se debruçou sobre a Europa moderna destacou a relação entre o controle da violência e a emergência dos exércitos no processo de construção do Estado, bem como no desenvolvimento do que se chamou de monarquia absoluta. No processo de ascensão da monarquia absoluta, teria ocorrido um enorme aumento da violência pública, do tamanho dos exércitos e da capacidade de destruição das guerras. Todo este movimento estaria intimamente ligado à chamada Revolução Militar Européia. Neste artigo procura-se demonstrar como Portugal esteve inserido neste movimento, destacando as especificidades do seu processo histórico, marcado por resistências, arranjos e negociações.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Francis Albert Cotta, Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Centro Universitário de Belo Horizonte – UniBH

Doutor em História pela UFMG. Atualmente é Professor na Faculdade de Filosofia e Letras de Diamantina (UEMG) e no Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Pesquisador no grupo Guerra e Sociedade da UFRJ.

Citas

ALBALADEJO, Pablo Fernandez. Fragmentos de Monarquia. Trabajos de historia política. Madrid: Alianza Editorial, D.L., 1992.

ALBUQUERQUE, Luís de. A “Aula da Esfera” do Colégio de Santo Antão no século XVII. Agrupamento de estudos de cartografia antiga. Lisboa: Junta de Investigação do Ultramar, 1972.

AYTON, Andrew . The medieval military revolution State, Society and military change in medieval and early modem Europe. Londres: Prince, 1995.

BARBOZA FILHO, Rubem. Tradição e artifício. Iberismo e Barroco na formação americana. Belo Horizonte/Rio de Janeiro: UFMG/IUPERJ, 2000.

BEBIANO, Rui. Elementos de um barroco militar. Revista de História das Idéias, Coimbra, v. 11, Coimbra, 1989.

BEBIANO, Rui. A pena de Marte. Escrita da guerra em Portugal e na Europa. Séculos XVI – XVII. Coimbra: Edições Minerva Coimbra. 2000.

BENDIX, Reinhard. Max Weber. Buenos Aires: Amorrortu editores, 2001.

BERNARD, Paul. La notion d’ordre public em droit administratif. Paris: Librairie Génerále de Droit et de Jurisprudente R. Pichon et R. Durant-Azias, 1962.

BORGES, Maria Eliza Linhares. Cartografia, poder e imaginário: cartográfica portuguesa e terras de além-mar. In: SIMAN, Lana Mara de; FONSECA, Thaís Nívia de Lima e. (Orgs.). Inaugurando a História e Construindo a Nação: discursos e imagens no ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

BOXER, Charles Ralph. O império colonial português. Lisboa: Edições 70, 1977.

BURKE, Peter. Violência Urbana e Civilização. Braudel Papers, n. 12, p. 1-8, 1995.

BLACK, Jeremy. A military Revolution? Military Change and european society 1550-1800. Basingstoke: MacMillan, 1990.

CARDINI, Franco. La culture de la guerre, Xe-XVIIIe siècle. Paris: Gallimard, 1992.

CARDIM, Pedro. Cortes e cultura política no Portugal do Antigo Regime. Lisboa: Edições Cosmos, 1998.

CASTILLO, Francisco Andújar. Ejércitos y militares en la Europa moderna. Madrid: Editorial Sintesis. 1999.

CORREA, João de Medeiros. Perfeito Soldado e Política Militar. Lisboa: Henrique Valente de Oliveira, 1659.

COSTA, Fernando Dores. O bom uso das paixões: caminhos militares na mudança do modo de governar. Análise Social: Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa, v. 33, n. 149, p. 969-1017, 1998.

COSTA, Fernando Dores. Formação da força militar durante a guerra da restauração. Penélope: Revista de História e Ciências Sociais, Lisboa, n. 24, p.90-93, 2001.

COTTA, Francis Albert. No rastro dos Dragões: universo militar no Império Português e as políticas da ordem nas Minas Gerais. 2004. 302 f. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2004.

CLAVERO, Bartolomé. Tantas personas como Estados. Por una Antropologia politica de la Historia Europea. Madrid: Tecnos, 1986.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Uma história dos costumes. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1994.

HALE, John Rigby. War and Society in Renaissance Europe (1450-1620). London: Fontana, 1985.

HESPANHA, António Manuel. Histórias das Instituições. Épocas Medieval e Moderna. Coimbra: Almedina, 1982.

HESPANHA, António Manuel. História de Portugal moderno: político e institucional. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.

HESPANHA, António Manuel. O debate acerca do Estado Moderno. TENGARRINHA, José. A Historiografia Portuguesa, Hoje. São Paulo: Hucitec, 1999.

KUPER, Gina Zabludovsky. La dominación patrimonial en la obra de Max Weber. México: Universidade Autónoma de México/Fondo de Cultura Económica, 1989.

LARA, Silvia Hunold. Introdução. In: LARA, Silvia Hunold. (Org.). Ordenações Filipinas. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

LORIGA, Sabina. Soldats. Un laboratoire disciplinaire: L´armée Piémontaise au XVIII siècle. Paris: Mentha, 1991.

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

MENDES, Fábio Faria. O Tributo de sangue: recrutamento militar e construção do Estado no Brasil Imperial. 1997. Tese (Doutorado em Ciência Política) – Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 1997.

MONTEIRO, Nuno Gonçalo. Elites e poder: entre o antigo regime e o liberalismo. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2003.

MOREIRA, Rafael. Um tratado português de arquitetura do século XVI (1576-1579). In: MOREIRA, Rafael. (Dir.). Universo urbanístico português (1415-1822). Lisboa: FCSH-UNL, 1998.

MORSE, Richard M. O espelho de Próspero. Cultura e idéias nas Américas. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.

PARKER, Geofrey. The Military Revolution: Military innovation and the rise of the West, 1500-1800. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

PARKER, Geofrey. The Army of Flanders and the Spanish road (1567-1659). Cambridge: Cambridge University Press, 1972.

PIRASSINUNGA, Adailton. O ensino militar no Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1942.

REIS, Pascoal José de Melo Freire dos. Institutiones Iuris Civilis Lusitani cum Publici tum Privati. Lisboa: s.e. 1794.

ROGERS, Clifford Joy. The military revolution: readings on the military transformation of early modern Europe. Oxford, 1995.

ROBERTS, Michael. The military Revolution, 1560-1660. Belfast: Queen’s College, 1956.

SOROMENHO, Miguel. Descrever, registrar, instruir: práticas e usos do desenho. In: SOROMENHO, Miguel. A ciência do desenho. Lisboa: Biblioteca nacional, 2001.

SUBTIL, José Manuel Louzada Lopes. Forças de segurança e modos de repressão (1760-1823). In: COSTA, Fernando Marques; DOMINGUES, Francisco Contente; MONTEIRO, Nuno Gonçalo. (Org.). Do Antigo Regime ao Liberalismo (1750-1850). Lisboa: Vega, 1986.

TILLY, Charles. Las revoluciones europeas, 1492-1992. Barcelona: Bolsillo, 2000.

TILLY, Charles. Coerción, capital y los Estados europeos, 1990-1990. Madrid: Alianza Editorial, 1992.

VÉRIN, Helene. La gloire des ingénieurs – l’ intelligence technique du XVIe. au XVIIIe. siècle. Paris: Albin Michel, 1993.

VITERBO, Francisco Marques de Souza. Dicionário histórico e documental dos arquitetos, engenheiros e construtores portugueses ou a serviço de Portugal. Lisboa: Imprensa Nacional, 1922.

WEBER, Max. Economía y sociedad. Esbozo de una sociologia comprensiva. México: Fondo de Cultura Económica, 1974.

Publicado

2007-09-13

Cómo citar

Cotta, F. A. . (2007). ESTADOS-NACIONAIS E EXÉRCITOS NA EUROPA MODERNA: UM OLHAR SOBRE O CASO PORTUGUÊS. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 4(3), 1–19. Recuperado a partir de https://revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/680