A LITERATURA COMO EVIDÊNCIA HISTÓRICA
COTIDIANO POPULAR EM “O CORTIÇO” (1890)
Palabras clave:
Brasil Império, Cortiços, Classes PopularesResumen
A utilização das fontes literárias vem se configurando como um dos novos desafios propostos pela historiografia recente. Testemunhos históricos “sofisticados”, as fontes literárias sugerem abordagens diversas sobre o passado. Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre o romance “O Cortiço”, escrito por Aluísio Azevedo. Publicado pela primeira vez em 1890, seu enredo gira em torno do cotidiano das classes populares na cidade do Rio de Janeiro durante os últimos anos do Império. Cruzando elementos da narrativa com a bibliografia selecionada, procuramos enfatizar possíveis aproximações entre o olhar lançado pelo autor e a produção historiográfica brasileira contemporânea, numa análise crítica dos projetos disciplinares pretendidos pelas classes dirigentes e das experiências de liberdade e autonomia das classes populares durante aquele período.
Descargas
Citas
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 21 ed. São Paulo: Ática, 1990.
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 3 ed. São Paulo: Cultrix, 1990.
BRETAS, Marcos Luiz. A Polícia carioca no Império. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 12, n. 22, p. 219-234, 1998.
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade: Estudos de teoria e história literária. 3 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1973.
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: Cortiços e epidemias na Corte imperial. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
CHALHOUB, Sidney. Visões de Liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
COULANGES Apud LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. ROMANO, Ruggiero de. (Dir.). Enciclopédia Einaudi. Tradução de Bernardo Leitão, Irene Ferreira e outros. Porto: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1984.
DANTAS, Paulo. Aluísio Azevedo: Um romancista do povo. Grandes Vultos das Letras. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1954.
FERREIRA, Antonio Celso. História e literatura: fronteiras móveis, desafios disciplinares. Pós- História, Assis, n. 04, 1996.
GOMES, Angela de Castro. Essa Gente do Rio...: Modernismo e Nacionalismo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1999.
HUNT, Lynn. História, Cultura e Texto. In: (Org.). A Nova História Cultural. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. ROMANO, Ruggiero de. (Dir.). Enciclopédia Einaudi. Tradução de Bernardo Leitão, Irene Ferreira e outros. Porto: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1984.
MAGALDI, Ana Maria Bandeira de Mello. Mulheres no mundo da casa: imagens femininas nos romances de Machado de Assis e Aluisio Azevedo. In: COSTA, Albertina de Oliveira; CRUSCHINI, Cristina. (Orgs.). Entre a virtude e o pecado. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos / São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1992.
OLIVEIRA, Lúcia Lippi. O Brasil dos Imigrantes. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2001.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. O Imaginário da Cidade: Visões Literárias do Urbano. 2 ed. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 2002.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da Literatura Brasileira. 9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1985.
WALSH, William H. Introdução à Filosofia da História. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1978.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença Creative Commons (CC BY-NC-ND 4.0). Em virtude de os artigos serem publicados nesta revista de acesso público, eles são de uso gratuito, com atribuições próprias, não-comerciais.