"Só as mães são felizes"
maternidade e experiência com a Aids
DOI:
https://doi.org/10.35355/revistafenix.v18i2.1020Palavras-chave:
História das Doenças, História da Aids, GêneroResumo
O artigo analisa a experiência de mulheres com a Aids, sob a ótica de mães de soropositivos. Discuto como alguns modelos de comportamento historicamente atribuídos ao gênero feminino, especificamente, a maternidade, influenciam a elaboração de significados para a Aids no entender dessas mulheres. A análise se baseia em de duas autobiografias, Cazuza: Só as mães são felizes (2001), de Lucinha Araújo, e Vida de Mulher (1998), de Dayse Agra; e das entrevistas de Agra e Maria Magdalena para o acervo A fala dos comprometidos (CASA DE OSWALDO CRUZ, 1996-1998).
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