ENCONTROS MODERNOS, FERIDAS ANTIGAS
Palavras-chave:
História, Religião, CulturaResumo
Talvez o mais encarniçado e influente conflito do cristianismo antigo tenha sido o que aconteceu entre as Igrejas de Alexandria e de Antioquia nos séculos IV e V. Não só apenas um embate de vida e morte entre duas importantes sedes apostólicas pela preeminência da autoridade religiosa no Mediterrâneo Oriental, tratava-se também de um combate pela definição de quem era Jesus Cristo, com os antioquenos enfatizando sua humanidade e os alexandrinos ressaltando sua divindade. Nas décadas de 430 e 440, Alexandria parecia ter saído vitoriosa desse combate; Nestório, expoente da escola teológica antioquena, havia sido condenado como herético e deposto de seu ofício como patriarca de Constantinopla pelo concílio celebrado em Éfeso em 431, arrastando consigo para a desonra e o exílio boa parte de seus aliados; a formulação de Cirilo de Alexandria, seu arqui-inimigo, referente à união hipostática das Naturezas divina e humana na Única Pessoa do Verbo encarnado havia sido considerada a fé ortodoxa no Império Romano Cristão. Em 451, contudo, um novo concílio, celebrado em Calcedônia, declarou heréticos os desdobramentos da cristologia alexandrina e proclamou como ortodoxa a crença de que em Jesus Cristo subsistem sempre as Naturezas humana e divina, sem confusão e sem separação.
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Referências
COHEN, Leonardo. The missionary strategies of the Jesuits in Ethiopia (1555-1632). Wiesbaden: Harrasowitz, 2009. Coleção Äthiopistische Forschüngen, n. 70.
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PENNEC, Hervé. Des jésuites au royaume du Prêtre Jean (Éthiopie): stratégies, rencontres et tentativas d’implantation (1495-1633). Lisboa e Paris: Fundação Calouste Gulbekian, 2003.
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