VEDE SERTÃO, VERDES SERTÕES
CINEMA, FOTOGRAFIA E LITERATURA NA CONSTRUÇÃO DE OUTRAS PAISAGENS NORDESTINAS
Palavras-chave:
Cinema, literatura, fotografia, Nordeste, sertão, paisagensResumo
Este artigo trata da produção de novas maneiras de ver e dizer o Nordeste, notadamente o sertão nordestino, de novas visibilidades e dizibilidades para as paisagens, para as relações sociais e para as configurações culturais ditas nordestinas e/ou sertanejas produzidas por um grupo de artistas e intelectuais na última década do século passado e nas duas décadas desse século. Ele toma para análise a produção cinematográfica de Paulo Caldas e Lívio Ferreira, a produção literária de Xico Sá e a produção no campo da fotografia de Fred Jordão para mostrar como vêm sendo construídas outras paisagens que rompem com as imagens clichês que por tanto tempo representaram a natureza e a realidade nordestinas.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. A Feira dos Mitos: a fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste, 1920-1950). São Paulo: Intermeios, 2013.
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez/ Recife: Massangana, 1994.
ALBUQUERQUE, Teresa Helena Cicco. A ação da Sudene para o desenvolvimento regional. Brasília: Minter, 1977.
ANDRADE, Manoel Correia de. O Nordeste e a questão regional. São Paulo: Ática, 1988
ANDRADE, Oswald de. Do pau-brasil à antropofagia e às utopias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
ANDRADE, Mário: O turista aprendiz. São Paulo: Duas Cidades, 1976.
ARAÚJO, Germana Gonçalves de. Aparência Cangaceira: um estudo sobre a aparição como aspecto de poder. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2013. Tese ( Doutorado em Cultura e Sociedade).
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
BENJAMIN, Walter. Imagens de pensamento. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
BRANCO, Edwar de Alencar Castelo. Todos os dias de Paupéria: Torquato Neto e a invenção da Tropicália. São Paulo: Annablume, 2005.
BRITO, Jomard Muniz de; GUIMARÃES, Aristides e MARCONI, Celso. Porque somos e não somos tropicalistas. In: DINIZ, Clarissa; HEITOR, Gleyce Kelly; SOARES, Paulo Marcondes (orgs.). Crítica de arte em Pernambuco: escritos do século XX. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012.
BRITTO, Jomard Muniz de et ali. Inventário do nosso feudalismo cultural. In: Bordel Brasilírico Bordel: antropologia friccional de nós mesmos. Recife: Comunicarte, 1992.
BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
BRUSKY, Paulo (org.). Vicente do Rêgo Monteiro: poeta, tipógrafo, pintor. Recife: Cepe, 2004.
CASTRO, Iná Elias de. O mito da necessidade: discurso e prática do regionalismo nordestino. São Paulo: Bertrand, 1992.
CIRNE, Moacy. Poemas inaugurais. Natal: Sebo Vermelho, 2007.
CIRNE, Moacy. Dailor Varela: do verso ao poema/processo. Petrópolis: Revista de Cultura Vozes, n. 2, 1971.
COELHO, Frederico Oliveira. Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado: cultura marginal no Brasil nas décadas de 60 e 70. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Kafka: por uma literatura menor. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Imagens apesar de tudo. Lisboa: KKYM + EUAM, 2012.
DUNN, Christopher. Brutalidade Jardim: a Tropicália e o surgimento da contracultura brasileira. São Paulo: UNESP, 2011.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. 10 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
GALVÃO, Dácio. Da poesia ao poema: leitura do poema-processo. Rio de Janeiro: Zit Gráfica e Editora, 2004.
GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 2006.
GULLAR, Ferreira. Etapas da arte contemporânea: do cubismo ao neoconcretismo. São Paulo: Nobel, 1985
JASMIN, Elise; ABRAHÃO, Benjamin e outros. Cangaceiros. São Paulo: Terceiro Nome, 2006.
JORDÃO, Fred. Sertão Verde: paisagens. Recife, s/e, 2012.
LIMA, Guilherme Cunha. O Gráfico Amador: as origens da moderna tipografia brasileira. Rio de Janeiro: Verso Brasil, 2014.
MAIA JR, Ricardo César Campos. Uma poética visual da transgressão em Jomard Muniz de Britto. Dissertação (Mestrado em Comunicação).Universidade Federal de Pernambuco, 2009.
MARANHÃO, Silvio (org.). A questão Nordeste. São Paulo: Paz e Terra, 1984.
MELLO, Frederico Pernambucano de. Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros. São Paulo: Escrituras, 2012.
MENDONÇA, Antônio Sérgio e SÁ, Álvaro. Poesia de vanguarda no Brasil: de Oswald de Andrade ao poema visual. Rio de Janeiro: Antares: 1983.
NASCIMENTO, Severina Ilza do (org.). Movimentos sociais, Estado e educação no Nordeste. João Pessoa: Ideia, 1996.
OLIVEIRA, Aristides e MAIA JR, Ricardo. Jomard Muniz de Britto ou Inquérito Cultural Doméstico: sob protestos do próprio (entrevista). Teresina: Revista Desenredos, ano IV, n. 13, abril/jun de 2012.
OLIVEIRA, Aristides e BEZERRA, Amílcar. Nos trópicos de Pernambucâncer: confrontos intelectuais sobre a cultura brasileira em
trânsito nos anos 60/70 em Recife. Teresina: Revista Desenredos, ano IV, n. 15, outubro/dezembro de 2012, p. 1-16.
OLIVEIRA, Francisco de. Elegia para uma Re(li)gião. São Paulo: Paz e Terra, 1977.
PENNA, Maura. O que faz ser nordestino? São Paulo: Cortez, 1992.
PETERS, Michel. Pós-estruturalismo e filosofia da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
SÁ, Xico. Manifesto pela prática da dedada. In: VAZ, Adriana & AZOUBEL, Roberto. O Carapuceiro: crônicas de um website sempre moral e só per accidens político. Recife: Editora Grupo Paés, 2014.
SÁ, Xico. Uma fábula sobre a velocidade da vida. In: VAZ, Adriana & AZOUBEL, Roberto. O Carapuceiro: crônicas de um website sempre moral e só per accidens político. Recife: Editora Grupo Paés, 2014.
SÁ, Xico. A festa da primeira chuva ou quando a seca verde tingiu minhas ilusões de óticas. In: JORDÃO, Fred. Sertão Verde: paisagens. Recife, s/e, 2012, p. 17-21.
SÁ, Xico. Síndrome de Mário de Andrade. In: VAZ, Adriana & AZOUBEL, Roberto. O Carapuceiro: crônicas de um website sempre moral e só per accidens político. Recife: Editora Grupo Paés, 2014.
SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia de Bolso, 2007.
SANTOS, Idelette Muzart Fonseca dos Santos. Em demanda da poética popular: Ariano Suassuna e o Movimento Armorial. Campinas: UNICAMP, 2009.
SARMENTO, Walney Moraes. Nordeste: a urbanização do subdesenvolvimento. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1984.
SILVEIRA, Rosa Maria Godoy. O regionalismo nordestino. São Paulo: moderna, 1984.
SONTAG, Susan. Sobre a fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SCHWARTZ, Jorge (org.). Brasil. Da antropofagia à Brasília. São Paulo: Cosac Naify, 2012
TEIXEIRA, Flávio Weinstein. O movimento e a linha: a presença do Teatro do Estudante e d’O Gráfico Amador no Recife (1946-1964). Recife: UFPE, 2007.
TELES, José. Do frevo ao Manguebeat. São Paulo: Editora 34, 2000.
TESSER, Paula. Mangue Beat: húmus social e cultural. Revista Logos: comunicação e conflitos urbanos. Ano 14, n. 26, 1o semestre de 2007, p. 70-83.
VAZ, Adriana & AZOUBEL, Roberto (orgs.). O Carapuceiro: crônicas de um website sempre moral e só per accidens político. Recife: Editora Grupo Paés, 2014.
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997;;; FAVARETTO, Celso. Tropicália: alegoria, alegria. São Paulo: Ateliê, 2007.
VENTURA, Leonardo Carneiro. Música dos espaços: paisagem sonora do Nordeste no Movimento Armorial. Dissertação. (Mestrado em História). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007.
VESENTINI, José William. Êxodo Rural e Urbanização. São Paulo: Ática, s/d; SILVA, Nilton Pedro. Modernização autoritária do Nordeste. Aracajú: UFS, 2002.
VILÉM, Flusser. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Annablume, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença Creative Commons (CC BY-NC-ND 4.0). Em virtude de os artigos serem publicados nesta revista de acesso público, eles são de uso gratuito, com atribuições próprias, não-comerciais.