A CARTILHA CAMINHO SUAVE
HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA
Palavras-chave:
Cartilhas, Alfabetização, Imagem, NarrativaResumo
A presente pesquisa visa analisar a importância e o papel das imagens em impressos didáticos de materiais destinados a alfabetização, cujo objetivo específico se concentra em compreender as mensagens visuais encontradas na cartilha Caminho Suave, produzida inicialmente na década de 1930. Destacar a imagem nos meios didáticos é uma forma de revelar a importância que estas tiveram e ainda têm na educação, tanto no sentido metodológico como teórico. Sabemos que hoje em dia, os materiais didáticos incluindo desde livros até meios mais modernos constituem importantes meios para o processo de constituição da alfabetização. As imagens são elementos necessários para o desenvolvimento cognitivo do aluno. A associação entre a utilização da imagem e o objeto do conhecimento no caso específico da alfabetização é tão antigo quanto ao próprio dilema do processo de aquisição da escrita e da leitura pela criança. As pesquisas desenvolvidas pelo NEIAPE E NEPHE, ambos núcleos da UFU, estão sendo de grande importância uma vez que tem nos auxiliado a entender a importância das imagens que apareceram nos livros didáticos, bem como seu contexto histórico e como também sua relevância os autores desses livros, que continuam a utilizar imagens cada vez mais sofisticadas nos impressos dessa natureza. Acreditamos que o cruzamento de fontes impressas (iconográficas) das cartilhas, folhas mimeografadas utilizadas pelas alfabetizadoras, aliados a fonte oral, podem ser significativos para esta investigação. As narrativas poderão auxiliar as análises e reflexões sobre os usos dessa cartilha em Uberlândia, cidade que compõe o Triângulo Mineiro interior do estado de Minas Gerais.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Marina. Políticas Públicas Para Leitura Foram Mais Eficazes Nos Períodos Autoritários da História do Brasil. Canal Acontece, São Paulo, USP, 2006.2006, Disponível em: www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php.
ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: Psicologia da Visão Criadora. São Paulo: Pioneira Edusp, 1980.
BARROS, Armando Martins de. Os Álbuns Fotográficos Com Motivos Escolares. In: GATTI JÚNIOR, Décio; INÁCIO FILHO, Geraldo. (Orgs.). História da Educação em Perspectiva: Ensino, Pesquisa, Produção e Novas Investigações. Uberlândia: Edufu, 2005.
BELMIRO, Celia. Abicalil. As Imagens e suas Formas de Visualidades nos Livros Didáticos de Português. Educação e Sociedade, ano XXI, n. 72, ago. 2000.
BURKE, Peter. Testemunha Ocular; História e Imagem. Tradução de Vera Maria Xavier dos Santos. Bauru: Edusc, 2004.
CAPUCHINHO, Cristiane. O Problema da Alfabetização Não Está no Método, Está na Falta de Estrutura das Escolas. Canal Acontece, São Paulo, USP, 2006. Disponível em: www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php.
FRADE, Isabel Cristina A. S.; MACIEL, Francisca Izabel P. (Orgs.). História da Alfabetização: Produção, Difusão e Circulação de Livros (MG/RS/MT – Séc. XIX e XX). Belo Horizonte: UFMG/FAE, 2006.
GATTI JÚNIOR, Décio; INÁCIO FILHO, Geraldo. (Orgs.). História da Educação em Perspectiva: Ensino, Pesquisa, Produção e Novas Investigações. Uberlândia: Edufu, 2005.
MORTATTI, Maria do R. L. Cartilha de Alfabetização e Cultura Escolar: Um Pacto Secular. Caderno Cedes, Unicamp, ano XX, n. 52, nov. 2000.
OLIVEIRA, Cátia Regina G. A. de.; SOUZA, Rosa Fátima de. As Faces do Livro de Leitura. Caderno Cedes, Unicamp, ano XX, n. 52, nov. 2000.
SANTOS, Sônia Maria Dos. Histórias de Alfabetizadoras Brasileiras: entre Saberes e Práticas. 2001. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.
TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença Creative Commons (CC BY-NC-ND 4.0). Em virtude de os artigos serem publicados nesta revista de acesso público, eles são de uso gratuito, com atribuições próprias, não-comerciais.