As origens das disciplinas científicas

uma contra-história da ciência ocidental

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.1000

Mots-clés :

contra-história da ciência, disciplinas científicas, química indigena, físicos empresários

Résumé

Neste trabalho, apresentamos uma narrativa histórica que reescreve as origens e as bases da ciência moderna ocidental, particularmente das disciplinas científicas. A essa reescrita da história da ciência damos o nome de contra-história da ciência, a história da ciência dos vencidos ou dos invisibilizados pela história da ciência ocidental. Nela exploramos a complexa relação entre comercio internacional e aventuras de pesquisa dos europeus no Sul da Ásia e no Novo Mundo com o surgimento das disciplinas científicas.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Roberto BARBOSA, Universidade Federal do Paraná

Prof. Adjunto do curso de Licenciatura em Educação do Campo - Ciências da Natureza, UFPR Litoral. Licenciado em Física. Doutor em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina com estágio sanduíche na University of Massachusetts. Membro do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e em Matemática da UFPR.

Références

AUSTIN, Alfredo López. Cuerpo Humano e Ideologia: Las Concepciones de los Antiguos Nahuas. 2.ed. México: Universidad Nacional Autónoma de México - Instituto de Investigaciones Antropológicas, 2004.

BAJAJ, JATINDER K. Francis Bacon the first philosopher of modern science: A non-western view. p. 14-19. In. Ashis Nandy (Orgs). Science, hegemony and violence. Calcutta: P. K. Ghosh at Eastend Printers, 1988.

BARRERA-OSORIO, Antonio. Experiencing Nature: the spanish american empire and the early scientific revolution. Austin: University of Texas press, 2006. DOI: https://doi.org/10.7560/709812

BEDIAGA, Begonha. Conciliar o útil ao agradável e fazer ciência: Jardim Botânico do Rio de Janeiro – 1808 a 1860. Rio de Janeiro, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.14, n.4, p.1131-1157, out.- dez. de 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-59702007000400003 . Acesso em: 21 abr. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702007000400003

BROCKWAY, Lucile. H. Science and colonial expansion: the role of the British Royal Botanic Gardens. New Haven; London: Yale University Press, 2002.

CALAZANS, Marília Oliveira. Arqueologia, craniometria e inteligência: notas a partir das escavações no Brasil dos oitocentos. São Paulo, Khronos, n. 2, p.34-49, de 2017. Disponível em: https://doi.org/10.11606/khronos.v0i2.126101. Acesso em: 04 de dez 2020.

CASTRO, Josué. de. Geopolítica da fome: ensaio sobre os problemas de alimentação e de população do mundo. Rio de Janeiro: Livraria-editora da Casa do Estudante do Brasil, 1952.

CONNER, Clifford. D’. The people’s history of science. New York: Nation books. 2005.

CUNHA, Lázaro. Contribuição dos povos africanos para o conhecimento científico e tecnológico universal. Salvador: Secretaria Municipal de Educação, 2005. Disponível em: http://smec.salvador.ba.gov.br/documentos/contribuicao-povos-africanos.pdf. Acesso em: 05 jun. 2019.

DEAR, Peter. Mechanical microcosmo: Bodily passions, Good maners and Cartesiam mechanisn. p. 103-129. In. Scientific Revolution: the essential readings. Marcus Hellyer (Org.). Malden: Blackwell publishing, 2003.

DE OLIVEIRA, Luiz Henrique Milagres; CARVALHO, Regina Simplício. Um olhar sobre a história da química no brasil. Revista ponto de vista, v. 3, n. 1, p. 27-37. de 2020. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/rpv/article/view/9740. Acesso em: 5 jan. 2021.

FERRO, Marc. A história vigiada. Trad. Doris Sanches Pinheiro. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. tradução de Luiz Felipe Baeta Neves, -7ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Trad. Roberto Machado. 13ºed. Rio de Janeiro: Edições graal, 1979.

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Trad. Galeno de Freitas. 35º ed. São Paulo: Paz e terra, 1992.

GIOPPO. C. Eugenia: a higiene como estratégia de segregação. Curitiba, Revista Educar, n. 12, p. 167-180. de 1996. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/36032. Acesso em: 03 mai. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.167

GOONATILAKE, Susantha. Colonies: scientific expansion (and contraction). Review, v.3, p.413-436. de 1982. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/40240912. Acesso em: 12 jun. 2019.

LIVINGSTONE, David. The geographical tradition. Cambridge: Blackwell publishing, 1992.

LÖWI, MICHAEL. Walter Benjamin: aviso de incêndio: uma leitura das teses "Sobre conceito de história". Trad. Wanda Nogueira Caldeira Brant, [tradução das teses] Jeanne Marie Gagnebin, Marcos Lurz Muller. São Paulo: Boitempo, 2005.

PERROT, Michele. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Trad. Denise Bottman. 4.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

PORTILLA, Miguel León. Visión de los vencidos: relaciones indígenas de la conquista. Universidad Nacional Autónoma de México, México, 1992, Disponível em: https://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libros/obras_leon_portilla/599.html Acesso em: 20 abril 2020.

RAJ, Kapil. Relocating modern science: circulation and the construction of knowledge in South Asia and Europe 1650–1900. New York: Palgrave Macmillan, 2007. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230625310

SAID, E. Orientalism. New York: Vintage Books, 1979.

SANJAD, Nelson Rodrigues. Os Jardins Botânicos luso-brasileiros. São Paulo, Revista Ciência e Cultura, v.62, n.1, p.20-22. de 2010. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252010000100009&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 06 mai. 2020.

SERTIMA, Ivan V. Black in Science: ancient and modern. New Brunswick: Transaction Publishers, 2007.

SHARPE, Jim. A história vista de baixo. p. 39-62. In. Peter Burke (org.). Tradução de Magda Lopes. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora Unesp, 1992.

SHIVA, Vandana. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento. Trad. Laura Cardellini Barbosa de Oliveira. Petrópolis: Vozes, 2001.

SMITH, L. T. Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas. Trad. Roberto G. Barbosa. Curitiba: Editora UFPR, 2018.

SOENTGEN, Jens; HILBERT, Klaus. A química dos povos indígenas da América do Sul. Química Nova, v.39, n.9, p.1141-1150. de 2016. Disponível em: https://doi.org/10.21577/0100-4042.20160143. Acesso em: 14 nov. 2020. DOI: https://doi.org/10.21577/0100-4042.20160143

THIONG’O, Nagugi Wa. Decolonising the Mind: The Politics of Language in African Literature. Harare: Zimbabwe publishing house, 1994.

WILLIANS, Eric. Capitalismo e Escravidão. Trad. Denise Bottman. São Paulo: Companhia das letras, 2012.

Téléchargements

Publiée

2022-05-20

Comment citer

BARBOSA, R. (2022). As origens das disciplinas científicas : uma contra-história da ciência ocidental. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 19(1), 21–39. https://doi.org/10.35355/revistafenix.v19i1.1000