ESCOLA SEM PARTIDO COMO INSTRUMENTO DE FALSA FORMAÇÃO

Auteurs

  • Nivaldo Alexandre de Freitas Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT

Mots-clés :

Autonomia, Falsa formação, Teoria Crítica, Escola Sem Partido

Résumé

Este artigo objetiva discutir o papel que o movimento Escola Sem Partido pode ter na formação humana caso o projeto de lei que o torna efetivo seja aprovado no Congresso Nacional. O argumento que se defende é que o Escola Sem Partido é mais um instrumento da falsa formação, pois ele limita a liberdade e a consciência, já que a formação de sujeitos autônomos pressupõe experiência do pensamento mediante o contato afetivo com o diferente, o que é vetado pelo projeto em questão. Procurase mostrar que a prática docente colocada em suspeição é algo antigo que traz consigo a regressão da formação humana, articulado às novas demandas econômicas. Termina-se apontando que o projeto encoraja uma proposta conservadora de formação meramente técnica, para a adaptação a um mundo do trabalho já em declínio e, por isso, contribui para a falsa formação. O artigo se fundamenta nos autores da Teoria Crítica.

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Publiée

2017-06-30

Comment citer

Freitas, N. A. de . (2017). ESCOLA SEM PARTIDO COMO INSTRUMENTO DE FALSA FORMAÇÃO. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 14(1). Consulté à l’adresse https://revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/572