PARA UMA CARTOGRAFIA DO PROGRAMA ESCOLA SEM PARTIDO
Palavras-chave:
Escola Sem Partido, Cartografia, Dogmatismo, Defesa da escolaResumo
Este artigo investiga o programa denominado escola sem partido na perspectiva da cartografia. Consideramos que o programa se sustenta numa imagem dogmática do pensamento e demonstra que, a par de sua tosca leitura sobre realidade da educação e com o pretexto de defender alunos, crianças, adolescentes e até universitários, denominados “audiência cativa”, o programa representa um avanço do conservadorismo, da simplificação, dos clichês na educação, levando à impotência do professor, mediante incentivo a delações e judicialização do espaço de ensinar. Sustenta, em defesa da escola, que há sinais de potências curriculares e de pensamento criativo na escola. Finalmente, aponta a necessidade de defesa da escola como construção do espaço público, da convivência com o conflito, da afirmação da pluralidade, da convivência respeitosa na divergência, diante do pouco compromisso com a aceitação das diferenças demonstrado pelo programa citado.
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