“Imitando” Dies Irae em língua geral na letra e/ou na música?

Um documento da Amazônia, [175-]

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35355/revistafenix.v21i1.1273

Palavras-chave:

Música religiosa, língua geral, jesuítas, Amazônia

Resumo

Um jesuíta anônimo traduziu o Dies Irae para a língua geral, acrescentado que era um exercício de imitação (“Do Dia final, imitando o Dies Illa”). O objetivo do trabalho interdisciplinar entre a história musical e a linguística é interpretar se o ato de imitação indicado pelo autor no códice teria sido na letra e/ou na música. Em relação à letra em língua geral, a pergunta é se a versão latina se manteve como matriz na composição o texto na língua geral. Em relação à musica, buscou-se proceder a uma análise prosódica e uma tentativa de criação de uma versão dos versos iniciais sobre a melodia gregoriana. Para tanto, foram considerados os acentos métricos e sua relação com as alturas graves ou agudas. Os dados apontam para a proximidade entre a estrutura do texto e as construções ocidentais.

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Biografia do Autor

Fernando Lacerda Simões Duarte, Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Mestre e doutor em Música pela UNESP com estágios pós-doutorais junto aos PPGs Música / UFMG, Artes / UFPA e Letras e Artes /UEA.

Ruth Maria Fonini Monserrat, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Doutorado em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Professora aposentada da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Maria Cândida Barros, Museu Paraense Emílio Goeldi

Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado pelo Institut des Hautes Études de l'Amérique latine. Atualmente é pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). 

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Publicado

2024-06-27

Como Citar

DUARTE Lacerda Simões , F., MONSERRAT, R. M., & BARROS, M. C. (2024). “Imitando” Dies Irae em língua geral na letra e/ou na música? : Um documento da Amazônia, [175-]. Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 21(1), 441–453. https://doi.org/10.35355/revistafenix.v21i1.1273